Minha abordagem

Relação terapêutica

A Terapia Cognitivo-Comportamental é uma terapia que preza pela relação terapêutica de forma colaborativa, ou seja, não existe processo terapêutico sem a abertura e engajamento do paciente, assim como não existe processo terapêutico sem participação ativa do terapeuta. É um lugar de construção, desenvolvimento e descobertas.

A Terapia Cognitivo-Comportamental é baseada em evidências — mas o que isso significa?

Evidência, no senso comum, é aquilo que podemos ver e demonstra que determinado fato aconteceu ou acontecerá com uma boa margem de certeza.

Se ao chegar em casa eu encontro uma almofada destruída no chão, e apenas o cachorro estava em casa, considero esses dois fatos como evidências claras de que o criminoso em questão tem quatro patas, dentes afiados e muito amor pra dar, haha.

No entanto, na psicologia, precisamos ser mais criteriosos. Os resultados de uma pesquisa sobre a eficácia de uma terapia feita com 12 pessoas, por exemplo, não é suficiente para afirmarmos que existem evidências de que essa terapia é eficaz.

O que torna a Terapia Cognitivo-comportamental uma terapia baseada em evidências?

1 – Várias pesquisas! Milhares delas! Com resultados muito semelhantes;

2 – O método das pesquisas realizadas;

Existem vários fatores que tornam uma pesquisa confiável, tais como:

  • Número de participantes! Um estudo feito com poucas pessoas não pode ser usado como evidência científica de que uma terapia tem potencial de lhe ajudar.
  • Critérios de inclusão e exclusão bem definidos! Em uma pesquisa sobre TCC como tratamento para depressão, pacientes com outros transtornos (TOC, transtornos de personalidade, TDAH) não irão participar. Isso porque quando estamos testando uma terapia como um tratamento para depressão, pacientes com depressão + TOC podem responder melhor ou pior ao tratamento do que uma pessoa com “apenas” depressão.

3 – Uma pesquisa “livre” de vieses — essa é polêmica! Isso porque não podemos desconsiderar o fator humano em um cientista. Com ou sem intenção, aquele indivíduo pode enviesar — ou seja, alterar — os resultados de forma que esses sejam coerentes com as crenças daquele cientista. Por isso, existem vários métodos para assegurarmos — o máximo possível — que o resultado de uma pesquisa não se torne o espelho do desejo do pesquisador.

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